segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Psicoterapias, "novas" e alternativas

   Psicologia da Saúde / Medicina (Klimt (1862 - 1918) 

Este blog, como devem ter notado, está dividido em três partes, além desta destinada ao estudo e avaliação de hábitos associados à conservação e recuperação da saúde e seus determinantes, abrange estudo sobre acupuntura enquanto ciência e profissão e também se estende na avaliação de outros sistemas etnomédicos, especialmente os que utilizam psicofármacos ou substancia psicoativas com atenção especial às pesquisas sobre a utilização da ayahuasca. (Paulo Pedro P. R. da Costa)

No presente texto tentaremos sumariamente analisar a concepção de psicoterapia por constatar que esta atividade tanto está associada às práticas da psicologia clínica e psiquiatra no âmbito da medicina cosmopolita e hegemônica como em outras profissões que integram os serviços de saúde, a exemplo da fisioterapia, enfermagem de saúde mental, assistência social. Observe-se também que a psicoterapia, mais recentemente, vem sendo adotada por terapeutas e integrada às medicinas alternativas ou praticas integrativas e complementares, com muitas das quais a psicologia mantém um diálogo de influência mútua.

 A Psicoterapia segundo o Conselho Federal de Psicologia – CFP ...é prática do psicólogo por se constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos... (Resolução CFP nº 10/00, de 20 de dezembro de 2000) [1]

Ainda segundo o  CFP, o  psicólogo atua na área específica da saúde, colaborando para a compreensão dos processos intra e interpessoais, utilizando enfoque preventivo ou curativo, isoladamente ou em equipe multiprofissional em instituições formais e informais. Realiza pesquisa, diagnóstico, acompanhamento psicológico, e intervenção psicoterápica individual ou em grupo, através de diferentes abordagens teóricas. [2]

Apesar do termo psicoterapia ter sido utilizado pela primeira vez em 1872, por um médico inglês, Daniel H. Tuke (1827-1895) no seu “Manual of Psychological Medicine” (1858), a palavra psicoterapia como tal, generalizou-se no vocabulário clínico. Roudinesco e Plon assinalam que a partir de 1891, quando Hippolyte Bernheim publicou “Hipnotismo, sugestão e psicoterapia”, (1891) seguido de outros expoentes na explicação e indicação da hipnose. Assinala também que historicamente a psicoterapia nasceu, ao mesmo tempo, do antigo “tratamento moral”, cuja proposição inicial pode ser atribuída ao alienista francês Philippe Pinel (1745-1826), autor do "Traité médico-philosophique sur l’aliénation mentale ou la manie" (1801), livro também considerado um marco no surgimento da psiquiatria. (Álvarez et al p.68) [3] [4]

Sigmund Freud (1856-1939), em um texto publicado em 1890 sobre o “tratamento psíquico” destaca que o além da palavra ser a ferramenta essencial do tratamento anímico (ou psíquico) não se limita ao tratamento dos fenômenos patológicos da vida anímica. Segundo ele “tratamento psíquico” quer dizer tratamento que parte, tem origem na alma, - tratamento de distúrbios anímicos ou físicos, como os meios com que se atua sobre o anímico ou psique. [5]

Atualmente já se sabe que o conceito de sofrimento e cura na psicanálise não se confunde com a concepção médica, abrangendo a relação do paciente consigo mesmo e com as pessoas com quem convive, ou a condição psicossocial do sujeito. A psicoterapia refere-se a um método de tratamento psicológico exercido por um profissional treinado para tal, que tem por objetivo auxiliar as pessoas a lidarem de forma mais saudável com suas dificuldades e sofrimentos (Roudinesco & Plon, 1998), os quais podem ser vivenciados e manifestados de diferentes formas, tanto física quanto emocional (Kaplan, 1998). [3] [6]

Jacques-Alain Miller ressalta que mais do que a psicanálise ser classificada como uma forma de psicoterapia, do grupo das logoterapias ou terapias da linguagem, observa que esta não deve ser considerada como um domínio excludente e sim como um campo de interseção, naturalmente ambas possuindo áreas exclusivas tanto no campo freudiano como em algumas outras formas da psicoterapia. Distingue dessa área comum da psicoterapia e psicanálise as intervenções diretas sobre o cérebro, cirúrgicas, elétricas ou químicas, que segundo ele, estão fora do campo das psicoterapias. Incluindo neste último grupo mesmo as intervenções farmacoquímicas destinadas a modificar a consciência e algumas do grupo das terapias corporais [7] (p. 11-12)

Entre as intervenções sobre a realidade psíquica que caracteriza a psicoterapia inclui a técnicas que utilizam a ginástica e exercícios de dominação psíquica das funções e apetites somáticos, a  exemplo das fundamentadas na sabedoria oriental. Ressaltando que a essência da psicoterapia é a relação com o outro, a relação de identificação dominação/orientação exercida entre mestre/ discípulo, analista/ analisado, questionando a todo tempo os limites e possibilidade desse saber, e a importância da autodeterminação de cada um, mesmo em questões que envolvem a saúde e conservação da vida. Destaca que do ponto de vista da psicanálise, a psicoterapia  é um uso restrito dos efeitos analíticos, um subproduto, porque, o que a psicanálise se propõe é no máximo elucidar o desejo do sujeito, auxiliar a decifrar o que insiste na existência. O que é terapêutico na operação analítica é o desejo e por sorte (ou em um certo sentido, como descreve Miller), o desejo é a saúde. [7]

Segundo texto do Conselho Federal de psicologia na atualidade, existem mais de 250 modalidades distintas de psicoterapias (mais de setenta escolas de psicoterapia foram criadas a partir de 1950) descritas de uma ou de outra forma em mais de 10 mil livros e em milhares de artigos científicos relatando pesquisas realizadas com a finalidade de compreender a natureza do processo psicoterápico e os mecanismos de mudança e de comprovar a sua efetividade, especificando em que condições devem ser usados e para quais pacientes. Apesar de todo esse esforço, evidências convergentes são escassas. A controvérsia ainda é grande, e o reconhecimento da psicoterapia como ciência é tênue”. [8]

Alvarez et al, concordam com esse número de tipos e as classificam em quatro grandes grupos de tendências: as psicoterapias religiosas; psicoterapias corporais; psicoterapias focalizadas em um sintoma e reúne num só grupo, o magnetismo, a hipnose e a sugestão (oc. 225). Lilienfeld e Arkowitz [9] referem-se a pesquisa de John Norcross, da Universidade de Scranton que encontrou cerca de 500 tipos diferentes nos EUA, as classificando segundo abordagens usadas com mais frequência, a saber: terapia comportamental (alteração de comportamentos prejudiciais à saúde); terapia cognitivo-comportamental (alteração de formas não adaptativas de pensamento); terapia psicodinâmica (resolução de conflitos inconscientes e experiências adversas na infância); terapia  interpessoal (remediação de formas prejudiciais de interação com outras pessoas); e centrada na pessoa terapia (ajudar os clientes a encontrar suas próprias soluções para os problemas da vida). [4] [9]

O Conselho Federal de Psicologia no texto em que propôs a discussão pública sobre esse tema [8] para retratar essa diversidade, apresentou uma lista, considerada não exaustiva, cuja classificação se dá pela escola/instituição de origem (com cerca de setenta denominações no mundo), composta por três subseções:

1) Psicoterapias arcaicas ou clássicas (sete denominações, por exemplo, hipnotismo);

2) Psicoterapias psíquicas ou psicocorporais, derivadas ou dissidentes da psicanálise, conhecidas como “novas terapias” (39 denominações, por exemplo, psicodrama e gestalt-terapia);

3) Terapias do comportamento, ditas também terapias cognitivo comportamentais (TCC) – (10 denominações, por exemplo, terapia cognitivo-comportamental e dessensibilização pelos movimentos oculares).

Outras modalidades, incluídas em outra seção, estão classificadas segundo as Escolas de psiquiatria ou de psicopatologia ditas dinâmicas ou psicodinâmicas (aliança de uma clínica e de um sistema de pensamento, inclui psicanálise, psicologia clínica, psicoterapia institucional, psicologia analítica e psicologia individual).

Muitas outras subdivisões e classificações poderiam ainda ser utilizadas. Nesse mesmo texto o CFP coloca em questão se a psicologia clínica e, em especial, as psicoterapias, podem e/ou devem ser definidas como ciências?

A resposta direta, lapidar e prévia é que as psicoterapias não podem e não devem ser definidas como ciência. Não podem apenas porque elas não se enquadram no modelo paradigmático epistêmico da ‘racionalidade’ moderna hegemônica. Segundo a proposição do CFP, não devem porque sua não cientificidade não é defeito a ser corrigido no futuro, mas é o traço essencial de um saber cuja fecundidade reside justamente em resistir à pretensão de uma objetividade e de uma operacionalidade universais. Reafirmando que as psicoterapias possuem caráter sapiencial que as aproxima dos antigos exercícios espirituais e sua riqueza consiste não só em resistir ao avanço da administração total da vida, mas em preservar o lugar antes ocupado pela sabedoria antiga. [8]

acupuntura e psicoterapia com psicodélicos

No Brasil a exemplo de muitos outros países, desse o final do século XX duas novas proposições podem ainda ser citadas, e como dito no início desse texto. (1°) A incorporação da acupuntura e outras técnicas da medicina tradicional chinesa ao arsenal terapêutico da grande maioria das profissões de saúde e expansão de sua prática enquanto medicina alternativa ou práticas integrativas e complementares de saúde (PICS); e (2°) o ressurgimento das denominadas psicoterapia com psicodélicos.

Nesse blog abordamos a acupuntura enquanto ciência e profissão e também nos estendemos na avaliação de outros sistemas etnomédicos, especialmente os que utilizam psicofármacos ou substancia psicoativas com atenção especial às pesquisas sobre a utilização da ayahuasca,  a cujo sucesso inclusive se deve o renascimento do interesse por psicodélicos.

Duas ressalvas podem ser feitas aqui a propósito dos sistemas de classificação das psicoterapias e inclusão dessa “novas” e ancestrais formas de terapia, em especial a análise de Jacques-Alain Miller [7] de que estão fora do campo das psicoterapias as intervenções farmacoquímicas destinadas a modificar a consciência e algumas do grupo das terapias corporais.

No âmbito das técnicas corporais ele destaca as que utilizam a ginástica e exercícios de dominação psíquica das funções e apetites somáticos, a exemplo das fundamentadas na sabedoria oriental, o que corresponde mis exatamente ao yoga e outras técnicas de meditação, onde como em toda relação médico/ paciente ou analista/ analisado não devemos ignorar que a relação mestre discípulo

Ressaltando que a essência da psicoterapia é a relação com o outro, a relação de identificação dominação/orientação exercida entre mestre/ discípulo, e que esta segue um padrão. Conforme diz, deve-se questionar a todo tempo os limites e possibilidade desse saber e a importância da autodeterminação de cada um mesmo em questões que envolvem a saúde e conservação da vida.

Muito mais próximos das intervenções cerebrais psiquiátricas, estão a interpretação ou análise do que se apresenta como alteração de consciência nas experiências ou sessões com psicodélicos. Observe-se porém a semelhança desta às antigas proposições da narcoanálise, em busca do "insight" com um sedativo hipnótico auxiliar [10] e mesmo do uso do soro da verdade em meio jurídico, para comprovação da inocência (me perdoem a comparação) [11] . Porém não se trata apenas do efeito de uma substância, o contexto de utilização (set) é bem mais importante que o simples efeito terapêutico de uma droga. Drogas que podem ser  prescritas como antipsicótico, antidepressivo ou ansiolítico, e  que vem sendo cada vez mais utilizadas desde meados do século XX

Por outro lado, deve-se observar também que autores como, Stahl, Schwartz e Sachdeva, propõem modelos científicos para o que denominam farmacopsicoterapia, onde o efeito da psicoterapia é comparado a uma droga epigenética, ou seja capazes de produzir modificações mas que não envolvem mudanças na sequência de DNA do organismo sugerindo que tanto a farmacoterapia como a psicoterapia podem atuar convergindo para neurocircuitos semelhantes, alterando o funcionamento do cérebro como um todo e aliviar sintoma psiquiátricos. [12]

psicossomática psicologia da saúde psicoterapia orientada para o corpo

A acupuntura ou milenar técnica de aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo - chamados de "Pontos de Acupuntura" após diagnóstico fundamentado na em ensinamentos clássicos da Medicina Tradicional Chinesa, ou seja na concepção anatômica e dinâmica vital ( "fisiologia" ) própria  bem como critérios diagnósticos e associação à outras formas de intervenção (moxabustão, ingestão de ervas medicinais etc.) Sempre fundamentados na doutrina médica (cosmologia) tradicional chinesa. Segundo a MTC os "acupontos" - se distribuem principalmente sobre linhas chamadas "meridianos" ou "canais de energia" por onde circula o Chi ou bioenergia. [13]

Cabe aqui a ressalva de que no Brasil a acupuntura foi praticada por psicólogos por mais de dez anos (2002-2013) sendo fiscalizada pela Associação Brasileira de Acupuntura, (até a sua desautorização, ainda em discussão, em 2013) além de possuir diversos artigos publicados sobre sua pertinência no tratamento de patologias mentais.  Sendo também uma prática considerada complementar no tratamento da dor, tensão muscular e ansiedade em doenças crônicas, admitindo terapeutas sem outra profissão além de acupunturistas. (Oliveira, 2013) [14]

Ainda em relação a psicologia não há dúvidas que a acupuntura se insere no grupo das terapias corporais ou bioenergéticas. Encontra-se uma relação de proximidade e/ou sinonímia entre as as seguintes técnicas e aportes teóricos: Psicologia da saúde; Terapia corporal; Vegetoterapia; Técnicas psicocorporais; Hatha yoga; Treinamento autógeno; Medicina psicossomática; Psicologia médica; Psiconeuroimunologia; Psico-oncologia; Psicologia hospitalar; Saúde comportamental; Medicina comportamental.

Seria por demais extenso para o presente textos, estabelecer critérios de comparação entre cada uma dessas conceituações ou aplicações contudo uma promissora linha de investigação pode ser estabelecida a partir  do diálogo teórico sobre a visão de fenômenos psicossomáticos entre Franz Alexander (principal representante da Escola de Chicago de Psicossomática) e Wilhelm Reich (1897-1957) , o precursor do movimento das psicoterapias corporais, vegetoterapia  ou bioenergética. [15]

Curioso porém é o fato de que Wilhelm Reich mesmo em sua fase de ruptura com a psicanálise e com ciência de sua época, ao propor a existência do “orgone”  uma energia cósmica associada aos campos elétricos e sensoriais do corpo humano análogos, talvez, ás concepções orientais, não ter se referido a elas, a despeito de outros psicanalistas que fizeram, a exemplo de C.G. Jung ao estudar e publicar suas pesquisas sobre a China e religiões orientais. [16] [17]

Quanto a Franz Alexander (1891 - 1964) talvez a aproximação seja ainda mais promissora tanto para psicanálise como para interpretação da acupuntura na ótica ocidental. Alexander  desenvolveu a aplicação do pensamento psicanalítico, abrangendo o estudo das emoções e afetos,  a processos físiopatológicos. Ele lançou os fundamentos para as áreas florescentes da medicina psicossomática, medicina comportamental. [18] Foi um dos que primeiro postulou uma etiologia multicausal para doenças - um defeito constitucional específico, um conflito específico e um estressor específico, notavelmente semelhante às concepções da medicina tradicional chinesa onde uma relação entre a energia ancestral; as intempéries do tempo como frio, calor, secura, umidade, vento e as emoções (medo, tristeza, alegria, ira, e ansiedade) que regulam os órgãos internos e são resultantes dessa regulação, estão associados.


Referências

1 - Conselho Federal de Psicologia – CFP.  Resolução CFP nº 10/00, de 20 de dezembro de

2 - 2000Conselho Federal de Psicologia – CFP. Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil. in: Comunicação do Conselho Federal de Psicologia ao Ministério do Trabalho destinado a  integrar o CBO - catálogo brasileiro de ocupações – enviada em 17 de outubro de 1992.

3 - ROUDINESCO, E., & PLON, M. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.

4 - ÁLVAREZ, José Maria; ESTEBAN, Ram´´on; SAUVAGNAT, François. Fundamentos de psicopatologia psicanalítica. Madrid: Síntesis, 2009

5 -FREUD, Sigmund. Tratamento psíquico (tratamento anímico), 1890: FREUD, S. Fundamento da clínica psicanalítica // Obras Incompletas e Sigmund Freud v.6. BH: Autêntica, 2017 p.19

6- KAPLAN, H. I. Manual de Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998

7 – ALAIN-MILLER,  Jacques. Psicoterapia e psicanálise in FORBES. Jorge (org.) Psicanálise ou psicoterapia. SP: Papirus, 1997

8 - CORDIOLI, Aristides Volpato e col. Psicoterapias: abordagens atuais. 3. ed. revista. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 20). apud CFP Conselho Federal de Psicologia. Ano da Psicoterapia, textos geradores. CFP. XIV Plenário; Gestão 2008 - 2010 disponível: https://site.cfp.org.br/publicacao/ano-da-psicoterapia-textos-geradores/ p 28-29 Acesso: Agosto de 2020

9 - LILIENFELD, Scott O.; ARKOWITZ, Hal. Are All Psychotherapies Created Equal? SciAm Mind 23, 4, 68-69 (September 2012) doi:10.1038/scientificamericanmind0912-68

https://www.scientificamerican.com/article/are-all-psychotherapies-created-equal/ Aces. Agosto, 2020

10 - BLEGER, J.: Tehoría y práctica del narcoanálisis, Bs. As, Ed. El Ateneo, 1952.

11 - FREEDMAN, LAWRENCE ZELIC, Sôros da verdade. Scientific American, 1960 In Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento, textos do Scientific American. SP Poligno, 1970

12 - SCHWARTZ, Thomas L.; SACHDEVA, Shilpa. Desfechos endofenótipos e os fundamentos teóricos sobre eficácia (introdução do livro) in: OLIVEIRA, Irismar; SCHWARTZ, Thomas L; STAHL, Stephen M. (orgs.) Integrando psicoterapia e psicofarmacologia, manual para clínicos. Porto Alegre: Artmed, 2015

13 - MAO-LIANG. Qiu (org.) Acupuntura chinesa e moxibustão. SP, Roca, 2001 ISBN 85-7241-220-4

14 - OLIVEIRA, Gislene et al. Análise bioenergética: uma revisão sistemática da literatura. Id on line, Revista de Psicologia. Ano 7 n 20, julho e 2013

15 - NASCIMENTO, Périsson Dantas. Psicossomática e psicoterapia corporal: diálogos entre Reich, Navarro e Franz Alexander.In: Encontro Paranaense, Congresso Brasileiro,Convenção Brasil/Latino-América, XIII, VIII, II, 2008. Anais.Curitiba: Centro Reichiano, 2008. CD-ROM. [ISBN–978-85-87691-13-2]. Disponível em: www.centroreichiano.com.br. Acesso em: 27/02/2020

16 - JUNG, C.G. O segredo da flor do ouro, um livro de vida chinês. RJ, Vozes, 1992

17 - JUNG, C. G. prefácio ao Bardo Thodol in Psicoterapia ocidental, oriental. RJ, Vozes, 1986

18 – ALEXANDER, Franz. MedicinaPsicossomática : Princípios e Aplicações SP: Artes Médicas, 1989

19 - Franz Alexander https://www.psiquiatriageral.com.br/psicoterapia/franz.html


Prescribing Psychologyst

..................................................................

Símbolos (Psi, Higeia, Panaceia, Psicologia da Saúde Medicina de emergência) sobre mural de Klimt (1862 - 1918) Medicine (reconstruído) http://lostpaintings.net/en/artwork/klimt/


......................................................................

sábado, 8 de agosto de 2020

Etnomedicina & plantas calmantes

¿ cabe aos profissionais de saúde estimular o uso e valer-se do conhecimento popular sobre plantas medicinais na pratica terapêutica dos transtornos mentais ?

Plantas calmantes, emolientes, peitorais. 
Larousse Medical Illustré, Paris, 1912. Galtier-Boissière (org.)

Etnomedicina pode ser compreendida como uma interdisciplina ou área de pesquisa e aplicação da etnologia cujo objeto são as práticas culturais voltadas para conservação e recuperação da saúde ou a medicina, como o nome indica. Envolve as descrições etnográficas sobre pessoas, os sujeitos praticantes, suas práticas e crenças (o saber popular e mitologia)  de uma cultura específica, usualmente de povos indígenas ou considerados primitivos, previne e trata as doenças, e/ou realiza os estudos etnológicos comparativos dessa prática, simultaneamente questionando as teorias que dão suporte a essa comparação.

Por seu objeto de estudo estar associado à utilização de plantas medicinais pode ser considerada como um sub-campo associado à etnobotânica ou incluído na antropologia médica que lida com o estudo das medicinas tradicionais, não apenas aquelas que têm fontes escritas e sistemas “profissionais” não hegemônicos (por exemplo, medicina tradicional chinesa ou ayurvédica), [1; 2] mas sobretudo aquelas cujo corpo de conhecimentos e práticas têm sido transmitidos oralmente ao longo dos séculos.

Observe-se porém que os sistemas culturais, em sua forma originária ou selvagem do pensamento, agir como esquemas classificatórios e organizadores do conhecimento das plantas, não se limita a este, e muitas vezes, o processo ritual terapêutico e as intervenções físicas  no corpo são, tão, ou mais importantes que o efeito farmacológico propriamente dito. Na Medicina Tradicional Chinesa a acupuntura e a fitoterapia são um típico exemplo. 

Observe-se também que apesar  do muito que já se aprendeu e lucrou  com a identificação de plantas medicinais utilizadas inicialmente somente por algumas etnias, isoladas do processo civilizatório, perderam seu referencial de origem e passaram a fazer parte das farmacopéias nacionais que integram a medicina cosmopolita universal e/ou deram origem à fármacos modernos. São reativamente limitados e difundidos os estudos, sobretudo clínicos, sobre o uso correto ou eficaz de grande parte das plantas.que integram os sistemas etnomédicos tradicionais, geralmente limitando-se aos produtos comercializáveis. 

Não há como competir com a ‘precisão científica’ associada ao marketing comercial dos medicamentos sintéticos e mesmos extratos comercializados pela indústria farmacêutica multinacional, a “big pharma” integrada ao complexo médico-industrial-financeiro.

Contudo tanto a utilização de plantas medicinais (estudadas farmacologicamente ou não) e rituais terapêuticos persistem, como disse Estrela [2], contrapondo-se à medicina cosmopolita hegemônica. Em função da diversidade existente são designados como  "medicina alternativa" ou  “práticas integrativas e medicina complementar”.

Segmentos empresariais ávidos de lucro e com limitada compreensão sobre o que é o conhecimento humano, aliado a crenças racistas ou elitistas e interesses escusos, tentam rotular essas formas de conhecimento tradicional como pseudociência desconhecendo sua especificidade enquanto etnopráticas de origem cultural diversa, ignorando resultados aparentemente anedóticos e mesmo sua plausibilidade biológica. Tais detratores limitam-se a afirmar  que não foram testadas e apresentaram resultados superiores ao efeito placebo, não são testáveis por recorrerem a explicações espirituais, religiosas ou simples crenças sedimentadas em tradições, sobre os quais apenas existem estudos inconclusivos provando a sua eficácia, concluindo, quase sempre, nas revisões sistemáticas apresentadas, que são necessários novos estudos.

A postura da Organização Mundial de Saúde frente a utilização de tratamentos alternativos é a de pesquisar, implementar o desenvolvimento de políticas proativas com planos de ação que fortalecerão o papel da medicina tradicional e ao mesmo tempo orientar no sentido de ter cautela, devido ao fato de existirem muitos terapeutas despreparados, conhecendo mal as "teorias" relacionadas a crenças tradicionais, além de pessoas inescrupulosas que se valem da boa fé e falta de informação para ludibriar e obter benefícios próprios. Nos dias de hoje esta é uma recomendação válida na maioria das situações do cotidiano, e ocorre em todos os setores profissionais e comerciais.

Ansiolíticos e sedativos

Ansiolíticos, do ponto de vista farmacológico são drogas, sintéticas ou não, usadas para diminuir a ansiedade e a tensão, com um efeito sedativo ou calmante, [4]. Segundo Viktor Frankl (1905 - 1997) [5] o neuropsiquiatra austríaco fundador da escola de psicoterapia conhecida como Logoterapia e Análise Existencial as primeiras drogas utilizadas como tranquilizantes no mundo europeu foram os relaxantes musculares (o glicerinato de guaiacol comercializado como “mioscaína” e análogos assim como os meprobomatos (miltaun, equanil e outros) e posteriormente os derivados da piperazina.

Segundo este autor o que caracteriza todos esses preparados, como denominador comum, é o seu poder de interromper e bloquear vis de condução polisinápticas sem atuar sobre os centros vegetativos ao contrário da neuroplégica (neuroléptica  ação sedativa sobre os centros nervosos) e da timoléptica (fármacos com ação antidepressiva e psicoestimulante) , além de não causarem um amortecimento do mesencéfalo ao contrário dos hipnóticos. (Frankl oc.. p.96)

A utilização de tais substancias  teve um crescimento aumentado entre 1960 e 1980. Nesse período, mais de 10% da população consumia ansiolíticos de maneira regular ou esporádica. [6] Se por um lado os grandes neurolépticos tipo (clorpromazina) e antipsicóticos derivados, diminuíram a demanda de contenção física de alguns internos em hospitais psiquiátricos (“camisa de força”, “quarto forte” etc.) geraram por sua vez riscos de overdose (sobretudo barbitúricos), síndromes de dependência e diversos outros efeitos colaterais.

O termo sedativo é sinônimo de calmante ou tranquilizante. Um medicamento hipnótico ou sonífero deve produzir sonolência e estimular o início e a manutenção de um estado de sono que se assemelhe o mais possível ao estado do sono natural. Os efeitos hipnóticos envolvem uma depressão mais profunda do sistema nervoso central (SNC) do que a sedação. A depressão gradativa dose-dependente da função do SNC constitui uma característica dos agentes sedativos-hipnóticos, na seguinte ordem: sedação, hipnose, anestesia, efeitos sobre a respiração/função cardiovascular e coma. Cada medicamento difere na relação entre a dose, sistema polisináptico de atuação e o grau de depressão do SNC.

Plantas calmantes

Algumas plantas possuem propriedades ansiolíticas ou calmantes, por mecanismos diversos. [7] [8] Apesar do uso tradicional, os elementos ativos e a relação de sua estrutura - atividade ainda são objeto de pesquisa, e não foram completamente elucidados. Alguns resultados apontam, entre as substancias presentes, para os alcalóides, flavonóides e ácidos fenólicos, lignanos, cinamatos, terpenos e saponinas que por sua vez possuem efeitos ansiolíticos em uma ampla variedade de modelos animais de ansiedade a exemplo dos mecanismos de interação com os receptores de ácido γ-aminobutírico (GABA); receptores serotoninérgicos compatíveis com a 5-hidroxitriptamina (5-HT) 1A e 5-HT2A; sistemas noradrenérgicos e dopaminérgicos, receptores de glicina e glutamato; o receptor opióide-κ, e receptores canabinoides (CB) 1 e CB2. [9] [10]

Entre as plantas mais estudadas estão as que produzem óleos essenciais como a Lavandula angustifolia, o Citrus aurantium; [11] a Melissa officinalis;[12] diversas espécies de mulungu (Erythrina) [13] [14] [15]; as reconhecidas: valeriana (Valeriana officinalis), [16] [17] camomila (Matricaria chamomilla L.) [18] e passifloras. [19] [20] [21]

Uma oferta orientada de plantas com efeito psicoativo sedativo e/ou anti-depressivo possivelmente pode reduzir a demanda pela classe de psicotrópicos industrializados utilizados como medicação psiquiátrica. Além  de ser um importante apoio terapêutico a uma intervenção não baseada na hospitalização, pode valorizar ainda o saber popular dos “raizeiros” e vendedores de ervas e recursos ecológicos de cada comunidade.

Contudo como vimos muito ainda falta para integrarmos o conhecimento popular oriundo de diversas culturas a uma pratica clínica que não se limite à prescrição controlada indiretamente pela indústria farmacêutica e marketing comercial revestido de cientificidade, praticado por farmacêuticos e médicos contratados pela “big pharma”. Não devem ser esquecidos, estudados e aperfeiçoados os relativamente bem sucedidos programas de "Médicos de Pés Descalços" na China ( 赤脚医生 - atualmente médicos rurais / village doctors) e os "Agentes Comunitários de Saúde" do SUS - Sistema Único de Saúde no Brasil.

Referências

1- KLEINMAN, Arthur Concepts and a Model for the comparison of Medical Systems as Cultural Systems. IN: Currer,C e Stacey,M / Concepts of Health, Illness and Disease. A Comparative Perspective, Leomaington 1986

2- ESTRELA, Estrela. As contribuições da antropologia à pesquisa em saúde. in NUNES, Everaldo D. (org.) As ciências sociais em saúde na América Latina. Tendências e perspectivas. Brasília OPAS, 1985

3- ACHARYA, Deepak; SHRIVASTAVA, Anshu: Indigenous Herbal Medicines: Tribal Formulations and Traditional Herbal Practices. Aavishkar Publishers Distributor, Jaipur / India 2008, ISBN 9788179102527, p. 440. 

4 - OMS /WHO Health topics/Traditional medicine. https://www.who.int/westernpacific/health-topics/traditional-complementary-and-integrative-medicine  Acesso em agosto de 2020

5 – FRANKL, Viktor. A psicoterapia na prática. SP: Papirus, 1991

6 - AZEVEDO, Ângelo José Pimentel de, Araújo, AURIGENA, Antunes de; FERREIRA, Maria Ângela Fernandes. Consumo de ansiolíticos benzodiazepínicos: uma correlação entre dados do SNGPC e indicadores sociodemográficos nas capitais brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2016, v. 21, n. 1 [Acessado em agosto 2020] , pp. 83-90. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.15532014>. Epub Jan 2016. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.15532014.

7 - SOUSA, Francisca C. F. et al . Plantas medicinais e seus constituintes bioativos: uma revisão da bioatividade e potenciais benefícios nos distúrbios da ansiedade em modelos animais. Rev. bras. farmacogn., João Pessoa , v. 18, n. 4, p. 642-654, Dec. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000400023&lng=en&nrm=iso>. access on  Aug. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2008000400023

8 - SOUSA,Rodrigo Francisco de; OLIVEIRA,Ykaro Richard; CALOU,Iana Bantim Felício. Ansiedade: aspectos gerais e tratamento com enfoque nas plantas com potencial ansiolítico. Revinter, v. 11, n. 01, p. 33-54, fev. 2018.doi: http://dx.doi.org/10.22280/revintervol11ed1.327 PDF Acessoem agosto de 2020

9 – FARZAEI, MH, et al.. A systematic review of plant-derived natural compounds for anxiety disorders. Curr Top Med Chem. 2016 Feb 4 Abstract Aces. Fev. 2016

10 - PETENATTI, Marta E. et al . Evaluation of macro and microminerals in crude drugs and infusions of five herbs widely used as sedatives. Rev. bras. farmacogn., Curitiba , v. 21, n. 6, p. 1144-1149, dez. 2011 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2011000600027&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 24 fev. 2016. Epub 29-Jul-2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2011005000129.

12 - Taiwo AE, Leite FB, Lucena GM, et al. Anxiolytic and antidepressant-like effects of Melissa officinalis (lemon balm) extract in rats: Influence of administration and gender. Indian Journal of Pharmacology. 2012;44(2):189-192. doi:10.4103/0253-7613.93846. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3326910/

12 - ALMEIDA, Emanuel Eustáquio. Caracterização farmacognóstica da espécie Erythrina falcata Benth., Fabaceae. Rev. bras. farmacogn., Curitiba , v. 20, n. 1, p. 100-105, Mar. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000100020&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Feb. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2010000100020.

13 - SOUSA, Damião Pergentino de; HOCAYEN, Palloma de Almeida Soares; ANDRADE, Luciana Nalone; Roberto ANDREATINI; A Systematic Review of the Anxiolytic-Like Effects of Essential Oils in Animal Models. Molecules 2015, 20(10), 18620-18660; doi:10.3390/molecules201018620 http://www.mdpi.com/1420-3049/20/10/18620

14 -SERRANO, Maria Amélia Rodrigues et al . Anxiolytic-like effects of erythrinian alkaloids from erythrina suberosa. Quím. Nova, São Paulo , v. 34, n. 5, p. 808-811, 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422011000500015&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Feb. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422011000500015.

 15 - PODEROSO, J.C.M. et al . Primeiro registro no Brasil de Erythrina velutina Willd. como hospedeira de Tetranychus neocaledonicus (Acari: Tetranychidae). Rev. bras. plantas med., Botucatu , v. 12, n. 3, p. 398-401, Sept. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722010000300017&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Feb. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722010000300017.

 16 - You J-S, Peng M, Shi J-L, et al. Evaluation of anxiolytic activity of compound Valeriana jatamansi Jones in mice. BMC Complementary and Alternative Medicine. 2012;12:223. doi:10.1186/1472-6882-12-223. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3526556/

 17 - ALEXANDRE, Rodrigo F.; BAGATINI, Fabíola; SIMOES, Cláudia M. O.. Potenciais interações entre fármacos e produtos à base de valeriana ou alho. Rev. bras. farmacogn., João Pessoa , v. 18, n. 3, p. 455-463, set. 2008 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000300021&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 24 fev. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2008000300021.

 18 - CE, Archana. An Investigation of Antianxiety Effect of Alcoholic Flower Extract of Matricaria Chamomilla l in Mice.. Asian Journal of Pharmacology and Toxicology, [S.l.], v. 1, n. 01, p. Page Numbers: 1-7, sep. 2013. ISSN 2347 - 3886. Available at: <http://www.literatipublishers.com/Journals/index.php?journal=AJP&page=article&op=view&path%5B%5D=12&path%5B%5D=10>. Date accessed: 24 Feb. 2016. doi:10.15272/ajpt.v1i01.12.

 19 - SANTOS, Kely Cristina dos et al . Sedative and anxiolytic effects of methanolic extract from the leaves of Passiflora actinia. Braz. arch. biol. technol., Curitiba , v. 49, n. 4, p. 565-573, July 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-89132006000500005&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Feb. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-89132006000500005.

 20 - SANTOS Kely Cristina dos. Atividades sedativa e ansiolítica dos extratos de Passiflora actinia Hooker, PASSIFLORACEAE. Dissertação (Mestrado) apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas do Setor de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Cid Aimbiré de Moraes Santos; Maria M.Weffort de Oliveira. Curitiba, 2003 PDF Acesso. Fev. 2016

 21 - PROVENSI, Gustavo. Investigação da atividade ansiolítica de passiflora alata curtis (passifloraceae). Dissertação de Mestrado. Orientador: Rates, Stela Maris Kuze, Co-orientador: Gosmann, Grace Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. RGS, 2007 PDF Aces, Fev. 2016


Nota:  Além das referências citadas utilizamos ainda, nossas contribuições a alguns textos da wikipédia pt,, sobretudo textos dos verbetes “Etnomedicina "Ansiolíticos" e alguns outros já bastantes desfigurados pela guerra de editores sobretudo envolvidos crença de “racionalidade científica superior”. Naquela enciclopédia colaborativa, universal e multilíngue assino como CostaPPPR. Observe-se que de modo algum desmereço o valor daquela proposição de construção coletiva que é a Wikipédia e entendo como natural da ciência e natureza humana tais conflitos que examinados no ótica de Thomas Kuhn (1922-1996) fazem parte da construção e transformação dos paradigmas das teorias na história da ciência.