1 - A biblioteca do Congresso norte americano já catalogou mais de 20 mil dietas made in USA. Os "cowboys" continuam em escalada galopante no primeiro lugar como o povo mais gordinho do planêta. A projeção é que daqui há 20 anos 70% da população made in USA seja OBESA.
2 - no Brasil 40 milhões já estão em pré ou já em obesidade. Dietas não funcionam. Mude cultura.
3 - A média mundial de consumo de sacarose em 1900 era de 30 Kgs/ano/cabeça. Atualmente é de 70 kgs. Há 500 anos nosso consumo era quase nada. Poucos na época comendo cana e beterraba. Ninguém comendo açucar branco ou mascavo. É novidade pra espécie.
4 - Em 2001 nos USA circulavam 1.214 livros sobre dietas. Dietas não adiantam. Mude cultura.
5 - Se a termogenese celular cair 0,2% ao dia em relação ao basal, o maninho em 10 anos vai estar obeso. Dito de outra maneria. Se comermos 180 mil calorias a mais em 10 anos vamos aumentar 9 kgs. Isto é um nada comparando com as 100 milhões de calorias que TEMOS que ingerir neste mesmo período, para fazermos o trivial.
6 - desde as experiencias de Kekwick na década de 50 e de Kinsell na de 60 sabemos que se ocê diminuir qualquer macronutriente (proteina, carbohidrato ou gordura) ocê emagrece. E engorda logo a seguir. Mude cultura.
7 - uma pessoa tipica tem quase 100 mil calorias armazenadas na forma de gordura corporal. Quantas panquecas são necessárias ocê comer pra te dar o mesmo nível de calorias? Resposta: 7 mil. Isto é, se ocê tá no peso certo tens 7 mil panquecas armazenadas. Imagine um barrigudinho. Facil facil tem 20 mil. E quer mais 20. Mude cultura.
Edison Saraiva Neves M. D.
Obesidade: uma perspectiva plural
ResponderExcluirResumo
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que produz efeitos deletérios à saúde. Há um consenso na literatura de que sua etiologia é multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo abordar o caráter multifatorial da obesidade, envolvendo a ampla variedade de fatores ambientais e genéticos implicados na sua etiologia a partir de estudos secundários provenientes do trabalho de revisão da literatura nas principais bases de dados e bibliotecas especializadas. Atualmente, a obesidade tem sido considerada a mais importante desordem nutricional nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, devido ao aumento da sua incidência. A abordagem dos aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais, simbólicos, culturais e de estilo de vida permitiu fundamentar a obesidade enquanto uma enfermidade plural e a necessidade de criar políticas públicas com ações multidisciplinares e intersetoriais, que valorizem a parceria entre governo e sociedade civil, na prevenção e combate à obesidade e promoção da saúde, possibilitando a participação da comunidade nesse processo, através da responsabilização e do autocuidado.
Wanderley, Emanuela Nogueira e Ferreira, Vanessa Alves. Obesidade: uma perspectiva plural. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2010, v. 15, n. 1 [Acessado 28 Agosto 2024], pp. 185-194. Disponível em: . Epub 08 Fev 2010. ISSN 1678-4561. https://www.scielo.br/j/csc/a/cxTRrw3b5DJcFTcbp6YhCry
Sobrepeso, obesidade e fatores associados aos adultos em uma área urbana carente do Nordeste Brasileiro
ResponderExcluirAnalisar a prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adultos residentes em uma área urbana carente do Recife, Nordeste do Brasil.
Métodos:
Trata-se de um estudo transversal analítico, com uma amostra de 644 adultos de 20 a 59 anos. Analisaram possíveis associações do excesso de peso aos fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e morbidades por meio de regressão de Poisson, considerando como estatisticamente significantes aquelas com valor de p < 0,05.
Resultados:
A prevalência do excesso de peso foi de 70,3%, sendo menor na faixa de 20-29 anos e maior na faixa etária de 30-39 anos, e estabilizando-se nas demais. No modelo de regressão multivariado, foi observado que a faixa etária, classe econômica, diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) mostraram-se diretamente associada ao excesso de peso, enquanto a variável consumo semanal de feijão mostrou-se inversamente associada. A alta prevalência do excesso de peso encontrado pressupõe que as comunidades carentes das quais os indivíduos fazem parte já se incluem no processo de transição nutricional que está em curso no país.
Conclusão:
Os resultados significativos de sobrepeso/obesidade detectados na área urbana carente estudada, impõe a necessidade de incluir esse problema como prioridade de saúde pública nessas comunidades.
Melo, Silvia Pereira da Silva de Carvalho et al. Sobrepeso, obesidade e fatores associados aos adultos em uma área urbana carente do Nordeste Brasileiro. Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. 2020, v. 23 [Acessado 29 Agosto 2024], e200036. Disponível em: . Epub 18 Maio 2020. ISSN 1980-5497. https://www.scielo.br/j/rbepid/a/d3Mg79yX3bTkDBS3hc55LLw/
Prevalência de sobrepeso e obesidade e fatores associados em mulheres de São Leopoldo, Rio Grande do Sul: um estudo de base populacional
ResponderExcluirA prevalência de sobrepeso foi de 33% (IC95%: 30,1-36,0) e de obesidade foi de 31,2% (IC95%: 28,3-34,1). Após ajuste, maiores probabilidades de sobrepeso ocorreram em mulheres mais velhas, pertencentes às classes econômicas mais baixas, casadas ou em união, com histórico de obesidade materna e com uma ou mais gestações. As maiores probabilidades de obesidade ocorreram em mulheres mais velhas, de baixa renda, com histórico de obesidade materna e paterna e com três ou quatro gestações. Menarca acima de 12 anos e prática de atividade física de lazer foram fatores de proteção para a obesidade.
Esses resultados evidenciam a necessidade de ações de prevenção de longo prazo, algumas delas envolvendo ações transgeracionais.
Lisowski, Josiele Flores et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade e fatores associados em mulheres de São Leopoldo, Rio Grande do Sul: um estudo de base populacional. Cadernos Saúde Coletiva [online]. 2019, v. 27, n. 4 [Acessado 29 Agosto 2024], pp. 380-389. Disponível em: . https://www.scielo.br/j/cadsc/a/jWtnzLYtDnbcB5mrMt3Wydg/